quarta-feira, 7 de maio de 2014

Como fazer compras internacionais pela internet

Tire suas principais dúvidas em relação a compras em sites internacionais e não sofra na hora de importar produtos.


Você já quis muito adquirir algum produto e não conseguiu encontrá-lo no Brasil? Ou então encontrou o mesmo produto a preços muito mais baixos em outro país? Se você faz parte de um destes grupos e quer aprender as formas mais seguras de realizar compras internacionais com o menor número de riscos possível, acompanhe este artigo.
Premaramos um apanhado das perguntas e respostas mais frequentes quando o assunto é comprar em lojas de outros países. Ao terminar de ler o texto, esperamos que você tenha sanado todas as suas dúvidas referentes aos valores que podem ser cobrados e aos riscos assumidos em compras deste tipo.

O que você precisa ter para fazer uma compra internacional?

Para realizar uma compra em sites estrangeiros é necessário possuir um cartão de crédito internacional ou uma conta em serviços como o PayPal. Os cartões de crédito internacionais precisam ser habilitados nos bancos, mas hoje estão muito mais fáceis de serem conseguidos do que há cinco anos.
Sem cartão de crédito fica difícil.
A grande maioria dos bancos que possui contas universitárias já disponibilizam os cartões internacionais na ativação das contas. Mas em alguns casos o cliente precisa ir até a agência para habilitar as opções de compras fora do país.

Como escolher o vendedor?

Esta parte é uma das mais importantes de todo o processo, afinal, se escolher um vendedor sem avaliar todos os itens necessários, é possível que o produto encomendado nunca chegue à sua casa. O primeiro passo é avaliar se o vendedor (ou loja virtual) entrega os produtos no Brasil (a Amazon faz entregas de livros, mas não de LPs, por exemplo).
Caso o vendedor realize as entregas em terras brasileiras, é muito importante verificar como está a reputação dele com outros compradores que realizaram negociações (algo muito parecido com o que ocorre no Mercado Livre). Neste momento você deve verificar se os compradores avaliaram as negociações positivamente.
É mesmo hora de quebrar o porquinho?
Outro ponto que merece uma análise é o tipo de entrega oferecido pelo vendedor. First Class International costuma ser o tipo de frete mais barato, mas o tempo de entrega é bastante variável (podendo levar semanas ou meses). Priority Mail é rastreado e, se passar dos 50 dólares, possui os 60% da importação agregados. Express Mail é o mais rápido, e caro, de todos.

Quais são todas as taxas envolvidas?

Como é sabido, há uma gama de taxas que são cobradas para os produtos que são trazidos de fora do país. O problema é que pouca gente sabe quais são todas elas e o que elas representam. Confira:
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): é o imposto cobrado por toda e qualquer mercadoria que ultrapasse os limites estaduais e municipais ou fronteiras nacionais. Ou seja, é o valor agregado a todos os produtos, visto que qualquer "troca de mãos" é considerada como "circulação" .
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): é um imposto cobrado sobre todos os produtos que não são produzidos artesanal ou manufaturadamente. Para produtos importados, a taxa é cobrada sobre o valor do produto já com as taxas de importação acrescidas.
Muitas taxas estão envolvidas
II (Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros): todos os produtos que chegam de fora do país são taxados com este imposto. Importante lembrar que para a saída dos produtos não são cobrados tributos.

O que acontece na alfândega?

Para grande parte dos importadores, a alfândega é uma verdadeira vilã. É na alfândega (ou aduana) que os departamentos responsáveis pela fiscalização das importações e exportações agem. Nestes setores são feitas comparações entre o que foi declarado pela pessoa que está entrando no país e o que realmente existe em suas bolsas.
Há uma série de “poréns” nas alfândegas. Muitos produtos que são considerados “para uso pessoal” (clique aqui para ler o conceito de bagagem, da Receita Fedelral) não são tarifados e por isso não possuem taxas adicionais. Entretanto, isso vale apenas para quem viaja para comprar os produtos, e como estamos falando de lojas internacionais, a conversa é um pouco diferente.
Tudo depende dos fiscais da aduana!
Sobre cada produto que é enviado de outros países para o Brasil, há uma taxa de importação de X% sobre o valor do produto. Caso os produtos superem o valor de 500 dólares, e não forem declarados (o que representa uma prática ilegal) é cobrada uma multa adicional de 50% sobre o valor excedido. Para facilitar a compreensão, vamos exemplificar:
Caso as compras atinjam o valor de 1000 dólares, o valor excedente será de 500 dólares. A taxa adicional é cobrada sobre os 500 que ultrapassaram, não sobre os 1000. Ou seja, o adicional será de 250 dólares. Além disso, mais 600 dólares são cobrados naturalmente, por representar 60% do valor da importação (1000). Assim, o preço final será de 1850 dólares.
Mas nem todos os produtos possuem essa taxa de 60%. Tudo depende do tipo de produto que está sendo importado.

Derrubando mitos

Geralmente as compras que somadas, não passam dos 50 dólares não são tarifadas como produtos importados. Mas é importante notar que isso não é uma regra, pois tudo depende da sorte do comprador, ou seja, se a alfândega desconfiar que há contrabando em um lote de importações, é possível que todos os produtos ali sejam taxados.
Presentes podem ajudar, mas não é garantido!
Outro fato importante é que muitos acreditam que se os produtos forem enviados como presentes não há taxa de importação. A verdade é que este mito funciona da mesma maneira que o item anterior: tudo depende da aduana fiscalizar o produto ou não.

Facilitando as compras

Isenções

Há uma série de produtos que não são taxados, independentemente dos valores cobrados pelos materiais. Livros, revistas e periódicos são considerados bens culturais, por isso não sofrem taxas. Remédios com receita para pessoa física específica também não podem ser taxados, assim como bens adquiridos nas Free-shops internacionais.
Economizar ou perder os cabelos?

Serviços facilitadores

Importa Fácil: os correios brasileiros possuem um sistema muito interessante para quem quer importar produtos individuais. Confira no site oficial do serviço como podem ser feitos os pedidos para garantir que os produtos sejam enviados e recebidos pelos brasileiros sem problemas.
SkyBox.net: se você quer comprar produtos dos Estados Unidos, mas não consegue porque os vendedores só entregam em endereços norte-americanos, uma ótima opção é utilizar o SkyBox. O serviço é pago e realiza o intermédio entre as lojas e os consumidores, criando uma caixa postal  física nos Estados Unidos para os estrangeiros.
PayPal: utilizando contas neste serviço os usuários não precisam expor os seus cartões de crédito para vendedores desconhecidos. Adquirindo créditos PayPal, é possível comprar produtos em lojas estrangeiras sem realizar a transação diretamente, pois o serviço funciona como um intermediário.

Principais lojas

As principais lojas norte-americanas que oferecem segurança nas compras são Deal Extreme (direto da China) e Amazon. Sites que reúnem vendedores, como o eBay, também são muito utilizados, mas neste caso é necessário avaliar bastante a reputação dos vendedores para evitar dores de cabeça. Você deve se lembrar sempre de analisar se os produtos podem ser enviados para o Brasil, caso contrário é necessário utilizar serviços como o SkyBox.
O que você decidiu?
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Esperamos que as principais dúvidas da maioria dos usuários tenham sido sanadas com este artigo. É importante lembrar que há riscos em compras deste tipo, por isso é recomendado que toda a legalidade seja seguida durante as compras – assim você poderá reclamar seus direitos caso algo saia errado.

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